"As sombras da noite
Invadem a tarde
E uma aragem fria
Alcança o teu corpo
Causando arrepios
Em sua alma exausta.
Escondida, adormecida
Envolta nos desencantos
E desenganos que o
Esquecimento, distraído,
Não te lembrou de esquecer
E mesmo dormindo
Choraste, um choro suave,
Um choro silente
Um choro sentido
Um choro de aceitação...
E então as sombras da noite
Num gesto envolvente
Sem pedir licença
A tua volta se aconchega
Suas sombras cada vez mais densas
Aqueceram tua alma
Como a muito não sentias
Você tornou-se leve etérea
De amarras te desprendias
Deixando as lembranças da vida
Aquelas que a faziam chorar
E as sombras da noite encerraram
Não apenas teu dia, mas tua sorte
E em seu abraço de acalanto
Enquanto dormias, entregou-te à morte.
Agora repousas em paz,
A ausência consentida.
A certeza do esquecimento.
Tudo passou, foi só um momento
Entre o nascer e o por do sol."
Edith Pereira Barbosa
01/02/2008
Rondonópolis / MT
Homenagem a ti.
Opor
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