quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Escala invisivel

Tudo começa com um fechar de olhos, com o vento frio batendo no pé e a sensação de relaxamento entrando e saindo de dentro do corpo, preparando-o para a parte em que a realidade não toca. Trazendo o que te faz seguir.

Em tons azul claro com leves pitadas de um rosa escuro, iluminado por luzes fracas vindas de algum lugar, trilha sonora clássica com tom conteporâneo junto com batidas abafadas de alguns corações por ali. Dança, movimentos, pessoas, sorrisos, palmas, olhares, em um turbilhão de expressões e movimentos. Um silencio. Você no centro do mundo com a luz em foco, fazendo sutis movimentos com os dedos, cabeça abaixada, abrindo seus braços, joelhos nos chão. Som calmo no fundo, com um tom psicodélico. Chuva começa a cair, fazendo um barulho pouco agressivo no fundo, trovões abruptamente mostram a sua presença. Então devagar, sua cabeça vai levantando, seu corpo molhado, com seu vestido picotado branco colado no corpo. Seus olhos aparecem. Maquiagem ligeiramente borrada representando a realidade em você. Expressão facial seca e levemente triste, olhos brilhando. Abruptamente fecha os olhos, e se joga pra tras levantando em seguida jogando seus cabelos molhados para cima e dando um sorriso de meia boca, com uma leve pitada de sensualidade. A chuva começa a ficar agressiva, trovões fazem um show de luz e caos. A trilha sonora progressiva à um ritmo rapido e constante. Com os olhos fechados, seu corpo contemporaneamente se move, expressando você. Direita, esquerda, braços e cabelos balançando, agua se movimentando junto com seus pés. Explodindo sentimento, emoção, pensamentos, sonhos, você gira... Chuva bate em seu rosto e você está no chão, sente o movimento da agua ao seu redor envolver seu corpo, com o impacto dos pingos da chuva. Escuta o som abafado dos corações batendo por ali, junto com o seu. Em visão de cima, você ve seu próprio corpo, colado com o seu vestido branco picado com um tom escurecido pela chuva, jogado ao chão, então sorrindo você fecha seus olhos.

O vento frio volta a bater no pé, e você sente um arrepio lhe subindo o corpo. Aperta com um pouquinho de força a cama em que está deitada. Então abre seus olhos, sentindo a palpebra pesada e os olhos secos, da repetidas piscadas até voltar ao normal. Levanta levemente a cabeça e olha ao redor, vê o formato no escuro de suas coisas e então como ato de desistência deixa sua cabeça cair no travesseiro, se ajeita da forma mais confortavel, da um pequeno sorriso e dorme.

Sociedade pintada de sonhos
Relativa ambiguidade em seus padrões
Em tom belo e suave
Na liberdade dos sonhos
Na prisão da realidade
Se tocando pelo fio escolha.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Estrela sem pontas

Eu sei que naquele fundo luminoso tem alguma coisa. Porém com os olhos entre abertos eu vou seguindo os momentos da vida em que não estou no automático, com a minha incapacidade de mutação, sigo escutando verbos da futilidade alheia, e dos detalhes que fazem delas uma coisa pior do que já é.
Em virgulas e pontos finais de uma história, as frases vão se tornando cada vez mais vazias e quando agente procura fugir disso, cadê?

Ando com os braços fechados e perdendo dentro da cabeça o sentido da vida que eu tinha lá atras, em minha infância. Junto da saudades que isso me tras, vem a parte em que os toques familiares são substituidos por tapas na cara que a sociedade dá, em que a atenção é substituido pela solidão e em que a inocência é substituida por experiencias demais. Porém, o sistema continua formulando regras e nos colocando nelas, e é na falha desse sistema que agente vive, criando os sorrisos e as lembranças. Apostando nossas fichas nos nossos sonhos, deixando que eles nos levem adiante, sem pensar duas vezes, e nas asas que eles nos dão está escrito o nome de todos que nos colocaram no ar, e mesmo que agente não veja, nós estamos lá, voando e voando até...

sábado, 12 de setembro de 2009

Discelânia

Imaginação nos braços de uma lembrança e junto dela um silêncio.

Em musica e em som, demonstrando algumas partes em pés e outras nas letras em suas mãos, passando para o olhar a função que só você entende. Azul, cor de sua roupa refletindo o azul luminoso aonde pisas. em movimentos de mestre, em palavras e frases que só você sabe dizer, transportando aos olhos meus o que você quer que eu veja. Em mero detalhe, ali está sua vida, os acordes molhados de sua emoção, de seu ser, de sua essência, do que faz você simplesmente viver... Em linguagem simples de uma emoção, ofegantes passos em calmas batidas de coração. Em sua visão, um mar negro com som humano a gritar seu nome, e vestido de branco estou a te observar. Porém nessa parte, somente você se entende, se transportando pro mundo que ali você vê. Como um ser elemental dançando sob a água, usando sua sedução, seu sorriso, suas formas lindas, e nos momentos em que você me olhava e não olhava, eu sentia sua energia em forma de movimentos leves. Na natureza do som, na perfeição do que és para mim. Me ensinando que magica se faz com os detalhes que só se observa com os olhos fechados, e que magia não é ilusão, mas sim o detalhe que da pra imaginação a lembrança, em minutos de silencio.

Uma canção de durmi que te faz viajar.
No abismo do sonho, um sonho
E uma forma de amar.
A criação lhe da a loucura,
Pra fazer da loucura
Uma criação.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Lembranças de um mundo, e uma jornada.

Na realidade ele sente saudade, se escondendo nas entranhas dos mundos, ele caminha calado. Se sentindo forte a cada dia, procurando em culturas, amores que lhe façam voltar para casa por alguns segundos. Poderia confundir seu olhar com qualquer um, mas sei quem ele é. Em cada fase de sua jornada ele consegue sua sabedoria e com maestria ele as ensina com os gestos que lhe foi ensinado, deslizando na imaginação, procurando mesmo que sem querer o que lhe complete, seguindo seu caminho com o que lhe da saudade, procurando no passado do futuro seu coração, descobrindo que cada pedaço do seu ser foi moldado a cada lugar que ele esteve, e suas histórias seram lembradas somente com o tempo, no acordar de sua mente, em cada momento de sua vivência. Aos poucos ele caminha, vestindo roupas de carne diferentes, seguindo em galáxias, planetas, mundos, raças, culturas. Buscando nos detalhes de cada alma a perfeição, montando em sua cabeça o que é o universo, fazendo da sabedoria sua dádiva, do amor o seu dom, da mente sua guia e da alma o seu corpo. Largando nas estrelas a sua aurea, criando um mundo em cada mundo, escolhendo a sua forma de amor.

E na lembrança que lhe faz voltar, de cada momento e de cada amor que criou em sua mente, vestindo a poesia, criando seu ser. Ele se arrisca ao cair na terra a força dos trovões, desafiando os elementos da natureza, se tornando um só com o seu mundo. Mas ele se ajoelha mesmo assim e chora, com toda força em seu peito, cada parte de seu ser que é forte se desaba, fazendo-o devagar...devagar fechar o seus olhos, deixar suas mãos cairem e sentir o que lhe rodeia. A chuva caindo em seu corpo, o som dos trovões queimando o vento, formando novas flores, a terra fazendo sua musica com os átomos da fertilidade. Sentindo o seu mundo, sentindo o seu ser, até o momento que isso se tornar eterno. E a cada piscar de seus olhos ele lembrar com total perfeição cada lugar que ele passou, tornando-o unico com tudo que lhe formou, perfeito, em seu mundo.

Eu lhe pergunto:

A jornada que forma um homem? ou
Um homem que forma sua jornada?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Eclipse das almas.

Vontade de comer as bordas que sobram,
E quando alguns finais chegarem eu verei o que me resta...
E com dó eu vou perdoar cada um,
Nos rios de esperanças amassados pela terra
No fator glacial que envolve os corações...
No objetivo sem rumo dos anjos ao pegar as almas caidas...
Puxando dos demônios corações despedaçados...
Com a legião dos quardiões da escuridão,
Sua alma desce e grita..
Afastando o que lhe faz chorar...
No dia do julgamento da terra,
Quando as lágrimas dos fieis virar sangue falso...
E os humanos fizerem sua orquestra...
Os ritmos da natureza entraram em comunhão.
Fazendo a trilha sonora da perdição e reencarnação dos que mereçem...
Nas frases caóticas de sua mente
Eu irei tirar meu cajado e abençoar seus irmãos...
O que lhe da o coração e a dádiva de estar de pé estará em minhas mãos...
Sem pena verem você morrer...
E reenascer...

Na cena do caos eu vejo seus olhos brilhando..
O resto envolta de ti vermelho sangue...
Na luta invisivel de anjos e demônios,
Você levanta suas mãos ao céu...
Pedindo a Deus mesmo inutilmente por redenção...
Calado porém, eu tiro o escudo de minha alma e vou em busca de ti...
Na explosão das massas de terra...
No fogo escorrendo pelas entranhas do mundo...
No céu caindo na quimica dos seres de Deus...
No invisivel ato de covardia, da cor da escuridão,
No vento que bate mesmo que sem querer no meu rosto.
Olho embaçado para seus olhos frios...
Agarro seu cabelo e o puxo, levando comigo alguns fios de cabelo
Levanto seu corpo e te aperto...com força.
Te olho no fundo do olhos e te pergunto calado...
Você me responde com um sorriso...
Junto seu corpo no meu e te acolho ali,
Fazendo seu corpo diminuir...
entrar dentro de mim...

A nos observar..
Na ilusão,
Deus brinca com o diabo de governador da Terra...
De fundo a orquestra dos humanos...
Céu cor vinho...
E no ar o seu perfume...
Dentro de mim sua alma...
Junto com a Terra meus corpos.
E tudo esta alinhado debaixo do sol
Mas o sol esta coberto pela lua.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tente.

Revolução metálica nos pulsos de seu coração.
E você ainda vai...
Sei que vai,
Sempre por aew, brincando de ser Deus
E em seu mundo você vai ver o futuro...
Sim, é pra você viajar.
E com isso, você vai...
Sem deixar algumas coisas pra traz, você vai...
Então eu vou somente olhar.
A cada passo que você der tremerá a terra.
A cada olhar que você der empurrará horizontes.
A cada sorriso que der formarar furacões.
Porque nessa brincadeira você uma hora vai se perder
E eu vou ri, vou estar feliz e vou te ajudar.
Vou porque você é minha mestra...
Meu mestre...
Meu ser...
Minha alma...
Meu eu...
És a minha encarnação,
Minha devoção por ser quem eu sou...
Minha tentativa de ser Deus.
E quando finalmente você for,
E criar o novo lugar tão sonhado
Eu vou nascer denovo
E quando eu abrir o olho pela primeira vez
Eu vou ver você me tirando da escuridão.
Irei reconhecer você e não entenderei porque...
Meu humanismo irá me confundi,
Não importa em que formas tiveres irei lhe ver.
Não importa em quem você se esconda eu irei estar perto de você
Imaginarás porque...
Eu tambem...
Mais essa é a parte em que você se pergunta o porque...
Porque?

E eu?
Irei me abaixar,
Pegar um pouco de terra
Juntar com minhas lágrimas
Joga-las ao vento...
Quando cair no chão de onde a tirei,
Irá nascer um novo mundo.