terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sonata de verão

Devagar, e como se precisasse respirar para sentir dentro do peito. O céu está escuro, mas embaixo esta iluminado por sorrisos e pela grama que reflete a luz em nós.

Você deveria saber que não se pode ter certeza demais. Que no fundo, lá naquele poço em que guardamos tanta água, se jaz a vontade latente do querer mais. Você deveria saber tanta coisa.

Em reticências vazias, conto histórias que se perdem por inteiras em seu próprio ato de existir e estar. Ás vezes só na tentativa de reproduzir aquela sensação boa, que perdura no silêncio e ecoa no espaço e tempo da poesia. Mas sempre soam falsas e deletérias, como insetos que aparecem no começo do verão, sem timidez, sem conteúdo.

Em silêncio, enquanto junto os pingos de chuva que cai, percebo as cores se formando ao ver a água da chuva molhar os papéis de seda colorido, espalhando por entre arco-iris e borrões, contos e poesias que ainda úmidos exalam tantos perfumes, cheiros que só com os olhos fechados se sente.

O passeio acabou, o sol se pôs e as estrelas não estão brilhando no céu.
Você não vai me levar em casa?