terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Entre o nascer e o pôr do sol

"As sombras da noite
Invadem a tarde
E uma aragem fria
Alcança o teu corpo
Causando arrepios
Em sua alma exausta.
Escondida, adormecida
Envolta nos desencantos
E desenganos que o
Esquecimento, distraído,
Não te lembrou de esquecer
E mesmo dormindo
Choraste, um choro suave,
Um choro silente
Um choro sentido
Um choro de aceitação...
E então as sombras da noite
Num gesto envolvente
Sem pedir licença
A tua volta se aconchega
Suas sombras cada vez mais densas
Aqueceram tua alma
Como a muito não sentias
Você tornou-se leve etérea
De amarras te desprendias
Deixando as lembranças da vida
Aquelas que a faziam chorar
E as sombras da noite encerraram
Não apenas teu dia, mas tua sorte
E em seu abraço de acalanto
Enquanto dormias, entregou-te à morte.
Agora repousas em paz,
A ausência consentida.
A certeza do esquecimento.
Tudo passou, foi só um momento
Entre o nascer e o por do sol."

Edith Pereira Barbosa
01/02/2008
Rondonópolis / MT

Homenagem a ti.

Um curioso e uma linha da vida

Porque agente insiste tanto em existir?
Vivendo e existindo sempre atras de teorias de fundamento pessoal. Exterminando o ato de pensar se afundando em religiões e interesses comuns. Humanos, feito eu. Se pisando em vicios e coisas que nos atraem de uma forma absurda. De fato a explicação talvez seja pouco convencente, tudo depende da forma que você vê, ou melhor, do que você não vê. Um vicio pode ser tamanho ao ato de continuar depois da morte e por total influencia do mesmo, humanos vivos em lugares em que essa energia se encontra, acabam se entregando a isso, ás vezes por minutos, horas e muitas vezes por uma vida... Mas acho que isso é algo que não me toca. Curioso porém, me jogo ao ato de experimentar por pura curiosidade, como dito. Mas isso é um detalhe, um fato, um passado. Irrelevante ao ato de ser apagado em lugar com cabeças fúteis e uma igreja no centro. Porém, certas palavras e certos olhares, não no plural, no singular... Nos fazem tocar certas coisas que estão dentro de nós, e isso me faz pensar. O que não é um vicio? O que nos da prazer? O que não nos faz mal? Muitas coisas que nos dão prazer viciam e a maioria delas faz mal. Então como viver? Somos feitos para ter prazer em sentir prazer, mas somos tolos em não ter, em muitos casos, limite para parar... Mas é ai que entra a palavra e o olhar, isso me faz escrever e quando penso antes de escrever, vem lá dentro algo parecido com um agradecimento. De fato, é a real verdade, somente expressada da forma errada. Eu lhe agradeço. Pois uma palavra e um olhar podem se tornar uma lição e essa pode se tornar algo totalmente marcante na vida de uma pessoa, no caso a minha. Agora uma pergunta idiota antes de um possivel final: Se o ato de amar ultrapassa os limites da vida. O amor pode ser um vicio?