domingo, 5 de agosto de 2012

Sonho da flor de outrora

Uma maquiagem superestimada, sem o colorido unico que brilha sempre prestes a apagar.

No vento, um polen segue o rumo em direção a flor de outrora enquanto a pressão do céu cheio de estrelas esmaga o campo vinho, diminuindo seu fluxo, fazendo-o devagar tocar a flor, sem feri-la. Quando o toque se faz, um vento de outrora tras uma sensação que se confunde com algum tipo de luz que toma a forma de um momento, cheio de tempo, cheio de si. Na busca pelo que o medo torna insólito, das pétalas de vinagre, brotam as lágrimas de outrora que seguem curvas cansadas cujo cheiro já mudou com toques e formato com os sorrisos e tristezas. Tão frágil, tão branca. Aquele vento se vai e a sutileza daquele movimento que se foi a torna vaga, imóvel denovo. Então aquele Sol de outrora se dorme inteiro, levando consigo algumas nuvens e um colorido do campo e do céu que esquentavam seu todo. Naquele céu de outrora, um escuro brinca de abraçar os pedaços de estrelas que com suas belas formas, seu brilho, deixam um vestigio de luz naquele breu, naquela sombra que só os pesadelos sabem tocar. Noite. Silêncio. Só enquanto o som oco da terra de outrora movem suas pedras e abrem caminhos para uma vida que as raizes da flor não conseguem tocar. Se esqueceu como tocar. Durante uma noite, há o frio e um calor latente, só naquele começo, não mais. Em sono, o pólen semea e das pétalas caem sementes doces, doces como as lágrimas de um sonho bom. Então na prece do Sol que se torna Lua, o amor torna a canção que ecoa pelo céu uma fonte de luz e paz que seguirão pelos ventos de outrora àquela flor de vinagre.